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SpaceX testa braços para apanhar Starship

09-09-2024 | 11:00 | Aberto até de Madrugada

A SpaceX tem estado a testar os braços motorizados que irão apanhar a Starship no ar quando estiver a regressar ao solo.

Depois de ter feito com que as aterragens dos booster Falcon 9 se tornassem rotineiras - ao ponto dos casos de insucesso se terem tornado extremamente raros - a SpaceX prepara-se para testar uma nova abordagem. Para a Starship, em vez de pousar directamente no solo, a nave irá ser apanhada em pleno voo por braços mecanizados na torre de lançamento, assim dispensando a necessidade de ter patas e estrutura de suporte mais complexa e pesada. Adicionalmente, também permite que a nave fique pronta para ser reabastecida e pronta para ser montada num novo booster para lançamentos mais frequentes.

Esperando-se que esta técnica já seja tentado no próximo lançamento da Starship, a SpaceX tem estado a testar os braços móveis na torre, aos 7:41 do seguinte vídeo. Pode não parecer muito rápido, mas o efeito do movimento dos braços sobre a estrutura da torre torna-se bem visível ao ver a secção seguinte com o vídeo acelerado, em que se vê a torre a oscilar de forma bastante significativa devido ao movimento dos braços - o que não significa que seja alguma falha (os arranha-céus são concebidos para poderem oscilar perante ventos fortes, podendo oscilar de forma bastante significativa nos andares superiores, ao ponto de alguns deles necessitarem de um sistema de amortecimento).

O próximo voo Starship deverá acontecer já nas próximas semanas, e seria bom poder ver esta aterragem ser bem sucedida logo na primeira tentativa.



Receber imagens de satélites meteorológicos militares

09-09-2024 | 10:00 | Aberto até de Madrugada

Com vontade e material adequado, qualquer pessoa pode receber imagens de satélites meteorológicos militares.

Apesar dos satélites Starlink agora se terem tornado na maior constelação em órbita com milhares de satélites, há vários outros satélites que transmitem dados que podem ser apanhados por qualquer pessoa com o material adequado.

Mais concretamente, o seguinte vídeo mostra como se podem receber imagens dos satélites meteorológicos  DMSP (Defense Meteorological Satellite Program) concebido na década de 60 e 70 para assistir as operações de aviões espião e satélites de espionagem. Como esses satélites usavam película, não convinha desperdiça-la a tirar fotos a nuvens, e estes satélites DMSP permitiam saber que zonas estavam encobertas por nuvens, transmitindo as imagens digitalmente, de modo a que só se usasse película nas regiões de interesse que estivessem visíveis.

Apesar destes satélites terem deixado de ser "secretos" na década de 70, ainda hoje fazem as transmissões com encriptação, só enviando dados sem encriptação quando sobrevoam os pólos e zona norte da América do Norte (interrogo-me se a sua encriptação não seria facilmente decifrável nos dias de hoje). Ainda assim, e apesar de muitos problemas e necessidade de uma antena generosa, é possível receber as imagens enviadas por estes satélites do século passado.



Powerbank Baseus USB-C 100W 20000mAh a €61

09-09-2024 | 09:00 | Aberto até de Madrugada

Para aqueles que procuram a máxima autonomia longe de uma tomada ou porta USB, este power bank de 100 W da Baseus assegura que ficarão bem servidos.

Os powerbanks há muito que são companhia habitual de muitos utilizadores, permitindo uma utilização intensiva e despreocupada de smartphones e tablets, sabendo-se que a sua autonomia poderá ser prolongada assim que for necessário sem estar dependente da proximidade de uma tomada eléctrica ou carregador. E no caso deste powerbank Baseus não só temos uma capacidade generosa, como a possibilidade de carregamento rápido de alta potência.
Este Powerbank Baseus USB-C 100W 20000 mAh está disponível por 61.19 euros na Amazon Espanha - seleccionar cupão de desconto de 30%.

Podem também espreitar a versão mais compacta e económica de 65W.

Além de poder ser recarregado rapidamente a 65 W, o seu elemento de destaque é permitir o uso simultâneo das portas USB para carregamentos rápidos de até 100 W (USB-C 1 e USB-C 2) e 30 W (USB 1 e USB 2). Isto permite a sua utilização para recarregar um portátil via USB-C e um smartphone (ou outro dispositivo) em simultâneo, expandindo as possibilidades de prolongamento da autonomia que normalmente se associam aos powerbanks.


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Volvo EX60 estreia nova plataforma SPA3

09-09-2024 | 08:00 | Aberto até de Madrugada

A Volvo confirmou o lançamento do seu próximo SUV eléctrico de tamanho médio, EX60, que chegará ao mercado em 2026.

Este novo modelo faz parte da estratégia da marca de lançar cinco veículos eléctricos nos próximos anos. O EX60 será o primeiro a ser construído na nova plataforma SPA3 da Volvo, que visa optimizar a produção de carros eléctricos de vários tamanhos.

A plataforma SPA3 é o pilar da nova estratégia tecnológica da Volvo, que aposta em veículos mais dinâmicos e receberaão melhorias ao longo do tempo através de actualizações de software. Esta abordagem permite uma evolução contínua de melhorias e novas funcionalidades sem necessidade de mexer no hardware. O EX60 juntar-se-á à lista crescente de modelos elétricos da Volvo, incluindo o XC40, C40, EX30, EM90 e EX90.
Durante o Capital Markets Day da Volvo, na Suécia, a empresa apresentou a sua visão tecnológica, centrada no Volvo Cars Superset, um sistema modular que facilita a integração de software e tecnologia entre os diferentes modelos, agilizando o desenvolvimento e melhorando a experiência do utilizador. O EX60 e o sedan elétrico ES90 (previsto para Março de 2025) irão beneficiar dos avanços tecnológicos já conseguidos no EX90, o SUV elétrico de topo da Volvo.

Apple apresenta novos iPhone 16 hoje

09-09-2024 | 07:00 | Aberto até de Madrugada

É já hoje que a Apple vai revelar a nova geração iPhone 16, que marcará a entrada na era AI "Apple Intelligence".

A Apple vai finalmente revelar a sua nova gama de iPhones, incluindo quatro modelos: iPhone 16, iPhone 16 Plus, iPhone 16 Pro e iPhone 16 Pro Max. O evento será transmitido ao vivo nas principais plataformas, incluindo o YouTube (no vídeo abaixo), com início às 18h em Portugal Continental.

Os novos iPhones virão equipados com o iOS 18, que traz o Apple Intelligence (AI). No entanto, as funções mais avançadas de inteligência artificial só ficarão disponíveis posteriormente, com o lançamento do iOS 18.1 e seguintes. Existem também rumores de que a Apple poderá cobrar cerca de $20 por mês pelos serviços AI, mas podendo ser algo que a Apple ofereça durante o primeiro ano, ou inclua de forma englobado no seu plano Apple One. Mais incerto é se/quando essas funcionalidades AI serão disponibilizadas na UE, o que poderá fazer com que estes novos iPhones se tornem menos atractivos para os consumidores europeus.

Também se espera que a Apple possa apresentar o Apple Watch Série 10 (ou Série X) neste evento.



Modelo AI recria jogo Super Mario com base em vídeos

08-09-2024 | 20:00 | Aberto até de Madrugada

Um novo modelo de inteligência artificial, chamado MarioVGG, está a tentar gerar vídeos do jogo Super Mario Bros.

Desenvolvido por investigadores da Virtuals Protocol, este modelo MarioVGG foi treinado para simular acções básicas de jogo, como correr e saltar, analisando vídeos do jogo. Apesar de os resultados estarem longe de perfeito, o modelo demonstra que consegue replicar algumas das dinâmicas de movimento e física do jogo, com as imagens a serem geradas em tempo real em resposta aos movimentos do jogador.

Para criar o MarioVGG, os investigadores utilizaram mais de 737 mil frames do jogo Super Mario Bros. para treinar o modelo sobre o seu comportamento, incluindo o que fazer quando se carrega nos botões de movimento ou saltar. No entanto, há várias limitações, como erros visuais, geração lenta de frames e inputs simplificados. Mesmo assim, o modelo conseguiu aprender alguns comportamentos básicos do jogo, como Mario a cair de penhascos ou a parar quando encontra obstáculos.
Embora a qualidade dos vídeos gerados seja muito inferior à do jogo original, o MarioVGG pode vir a melhorar com mais dados de treino e algoritmos melhores. Os investigadores esperam que, no futuro, a geração de vídeo AI possa substituir os motores de jogo tradicionais, criando conteúdo dinâmico e jogável sem necessidade de ferramentas de desenvolvimento complexas.

Por agora, o modelo tem dificuldades em lidar com a jogabilidade em tempo real, por vezes ignorando os comandos do utilizador, resultando em falhas visuais. O MarioVGG ainda está numa fase inicial, mas poderá no futuro ser visto como o percursor de toda uma nova geração de ferramentas de criação de videojogos.

YouTubers criam iPhone funcional de 88"

08-09-2024 | 17:30 | Aberto até de Madrugada

Dois YouTubers populares criaram o maior iPhone funcional de sempre, com ecrã OLED de 88".

A poucos dias da apresentação da nova geração iPhone 16, Matthew Perks do canal DIY Perks e Arun Maini, mais conhecido pelo seu pseudónimo digital Mrwhosetheboss, revelaram ao mundo como criaram o maior iPhone do mundo, com um ecrã OLED de 88" e mantendo todos os elementos funcionais, como câmaras e botões.

Só o processo de transformar o ecrã OLED de 88" num touchscreen foi uma verdadeira aventura (e obrigando a uma segunda tentativa depois de terem arruinado o primeiro ecrã!), mas todo o processo de fabricação do resto do "iPhone" vale a pena ser visto. Claro que, tendo em conta todas as limitações e restrições em redor do iOS da Apple - basta lembrar que até para se trocar algo como uma bateria ou ecrã é necessária fazer a autenticação das peças - na verdade este iPhone usa o hardware de um PC, com 128 GB de RAM, correndo o sistema Bliss OS baseado em Android 13. Portanto, não só este iPhone é o maior do mundo, como também é o maior iPhone do mundo a correr Android.


Como funcionavam os navios à vela do séc. XVI

08-09-2024 | 15:30 | Aberto até de Madrugada

As embarcações do século XV e XVI são obras-primas da engenharia naval da altura, e escondem imensos detalhes que vale a pena conhecer.

Na época dos descobrimentos, e posterior época do comércio naval (e pirataria!), os navios dominavam. Das naus e carracas portuguesas, aos galeões espanhóis e congéneres britânicos e holandeses, estas embarcações espelhavam o poderio e alta-tecnologia de cada país, tanto para efeitos de exploração como de supremacia militar nos mares.

O seguinte vídeo explora em detalhe todos os pormenores destas embarcações, desde a forma como eram construídas, como eram guardados os mantimentos, como se controlavam os seus complexos sistemas de velas, e até como era feita a navegação numa era em que nem sequer se podia sonhar com o GPS.


Apple diz que dificultar escolha de browser alternativo no iOS foi apenas "um bug"

08-09-2024 | 13:30 | Aberto até de Madrugada

A Apple continua a apostar em tácticas de (in)cumprimento malicioso quanto às exigências de abertura do iOS na Europa.

A Apple tem tentado as interpretações mais criativas (e favoráveis a si mesmo) das exigências europeias quanto à abertura do iOS e acesso de serviços concorrentes, e isso também se fez sentir na apresentação de uma selecção de browsers alternativos que os utilizadores pudessem escolher em vez do Safari.

Em causa está a pequena diferença de, quando os utilizadores usam um browser que não seja o Safari, a Apple apresenta de forma bem visível a opção para se mudar o browser default para o Safari; mas se os utilizadores estiverem a usar o Safari, a Apple já não apresenta essa mesma opção de mudar o browser default para outro. Algo que a Apple agora casualmente corrigiu, como se não fosse nada de mais, para tentar esquivar-se a uma investigação da autoridade da concorrência britânica.

This is so scummy. As the early screenshots showed, Apple was hiding browser choices when the browser was set to Safari. If this were a genuine bug, they could have simply said so and nobody would have faulted them, as we didn’t fault Apple over the initial app marketplace…

— Tim Sweeney (@TimSweeneyEpic) September 7, 2024
Recorde-se que mesmo os browsers alternativos no iOS estão obrigados a usar o motor WebKit do Safari, sendo que a verdadeira abertura a browsers verdadeiramente alternativos e usando outros motores é algo que também foi exigido e que a Apple diz que irá permitir, apenas nos países europeus - muito provavelmente dando origem a nova ronda de lutas para poder ter acesso às mesmas funcionalidades de acesso ao sistema que a Apple usa no seu próprio browser.

Tesla FSD mostra o que vale nas estradas em Itália

08-09-2024 | 11:00 | Aberto até de Madrugada

Depois dos vídeos a mostrar as mais recentes versões do modo FSD da Tesla nos EUA, chega-nos um que mostra o modo FSD "Supervised" em estradas europeias, em Itália.

Temos visto muitos vídeos a analisar cada nova versão do modo FSD da Tesla, mostrando tanto as coisas boas como as menos boas. Mas, o que os clientes Tesla europeus estão à espera de ver é como o modo FSD se comportará nas estradas europeias; e podemos finalmente ver isso.

Surgiu um vídeo que mostra um Model 3 a conduzir no modo FSD Supervised em Itália, e que acaba por demonstrar um dos benefícios do modo da Tesla não estar dependente de de mapas com cobertura hiper-detalhada, conseguindo lidar com as estradas italianas aparentemente sem grandes dificuldades (se bem que, também é certo que não enfrentou situações particularmente difíceis). A certo ponto até fiquei surpreendido por ver algo que aparentava ser o modo FSD a abrandar para passar numa lomba (com sinalização), mas poucos momentos depois passou por lomba idêntica, também sinalizada, sem abrandar.


As últimas indicações são a de que a Tesla irá lançar este modo FSD oficialmente na Europa no início de 2025 (se os países deixarem), e também já fez chegar a alguns países europeus o novo programa de referrals, para tentar incentivar as vendas.

Infelizmente, quem estiver à espera do Model Y renovado terá também aguardar até ao próximo ano.


P.S. Para os donos de Tesla curiosos em saber como activaram o modo FSD na Europa, os criadores do vídeo dizem que não o fizeram, e que se limitaram a utilizar um Model 3 que veio dos EUA com o modo FSD já activado.

Elon Musk promete Starship em Marte em 2026

08-09-2024 | 10:00 | Aberto até de Madrugada

Apesar dos atrasos da Starship, Elon Musk espera que a nave da SpaceX possa aterrar em Marte em 2026, e levar os primeiros astronautas em 2028.

Enquanto a NASA vai continuamente adiando o regresso à Lua, Elon Musk não abranda na sua ambição de criar uma civilização "backup" em Marte, e aponta para que a primeira ida a Marte da SpaceX possa acontecer já em 2026.

Segundo Musk, o objectivo será lançar uma Starship para Marte daqui por dois anos, durante a próxima fase de aproximação Terra-Marte, sem tripulação, para recolher dados e avaliar o processo de pousar em Marte. Se tudo correr bem (e é um grande "se"!) Musk diz que as missões tripuladas poderão ser feitas já daqui por quatro anos, na fase de aproximação seguinte.

The first Starships to Mars will launch in 2 years when the next Earth-Mars transfer window opens.

These will be uncrewed to test the reliability of landing intact on Mars. If those landings go well, then the first crewed flights to Mars will be in 4 years.

Flight rate will… https://t.co/ZuiM00dpe9

— Elon Musk (@elonmusk) September 7, 2024
As ambições são grandes, mas já sabemos que Elon Musk não é propriamente das pessoas mais fiáveis a nível de cumprir com os prazos que anuncia. A Starship tem evoluído a bom ritmo mas ainda precisa de demonstrar a sua fiabilidade, assim como a capacidade de conseguir aterrar num planeta e voltar a levantar (o que poderia ser mais facilmente testado na Lua). Adicionalmente, ainda existem imensas questões quanto a um voo interplanetário tripulado de longa duração, em que os astronautas ficarão durante meses expostos a radiação - ao contrário das longas estadias a bordo da Estação Espacial Internacional, um voo até Marte não poderá tirar proveito do escudo magnético natural do nosso planeta, que os protege da maioria das radiações solares.

De qualquer forma, é sempre bom voltar a ver objectivos ambiciosos na exploração espacial. Na início da década de 60 também se pensava que seria impossível colocar um homem no espaço, e em menos de uma década tínhamos os primeiros pés a pousar na Lua.

Hyundai Ioniq 5 N ganha "EV of the Year"

08-09-2024 | 09:00 | Aberto até de Madrugada

O modelo Hyundai 100% eléctrico de alta performance IONIQ 5 N, foi galardoado com o prémio "EV of the Year 2024" pela revista Car and Driver.

Este é o terceiro ano consecutivo em que a Hyundai recebe este prémio da revista automóvel norte-americana, tendo a vitória do IONIQ 5 N seguido as vitórias do IONIQ 6, em 2023, e do IONIQ 5, em 2022.

Disponível em Portugal desde Março, o Hyundai IONIQ 5 N tem coleccionado prémios desde o seu lançamento, incluindo a vitória em absoluto nos TopGear Awards 2023, Prémio Carro Desportivo Mundial 2024 nos World Car Awards (WCOTY), Prémio "Melhor EV desportivo Compacto" pela TopGear, prémio "Melhor EV de alta performance" atribuído pela Car Magazine e, depois de todos estes prémios, junta-se este "EV of the Year 2024" da Car and Driver.
O IONIQ 5 N é o primeiro veículo eléctrico de produção em série de alta performance da Hyundai N. O modelo foi extremamente bem recebido pelos órgãos de comunicação social do sector automóvel e pelos entusiastas da condução desde o seu lançamento no início do ano, estabelecendo uma nova referência para a performance totalmente eléctrica. Capaz de proporcionar um desempenho emocionante em pista sem sacrificar a habitabilidade do dia-a-dia, o IONIQ 5 N representa a visão de electrificação da Hyundai N, e uma nova oportunidade para os entusiastas satisfazerem a sua paixão pela condução, tanto na estrada como na pista.

O novo Hyundai IONIQ 5 N está disponível no mercado nacional na versão Hyundai IONIQ 5 N Performance Pack 84kWh, a partir de 79.900€.


[Pela Estrada Fora]

Ataque RAMBO rouba dados de sistemas isolados

07-09-2024 | 20:00 | Aberto até de Madrugada

O RAMBO está de regresso, e não é um novo filme do Sylvester Stallone mas sim um sistema que permite roubar dados de computados isolados de qualquer rede.

Investigadores desenvolveram um novo ataque chamado "RAMBO" (Radiation of Air-gapped Memory Bus for Offense) que tira partido das emissões electromagnéticas da RAM de um computador para roubar dados de sistemas isolados (air-gapped). Estes sistemas, utilizados em ambientes de alta segurança, como instalações governamentais e centrais nucleares, não estão ligados à internet para evitar ataques remotos. No entanto, o ataque RAMBO mostra que mesmo computadores isolados podem ser alvo de roubo de dados através de radiação electromagnética.

O ataque RAMBO assume que primeiro se consegue infiltrar malware no sistema isolado (através de um pen USB infectada, por exemplo), e que depois manipula padrões de acesso à memória do computador para gerar emissões electromagnéticas com padrões específicos que podem ser captadas pelo atacante utilizando um receptor SDR (Software-Defined Radio) de baixo custo. Ao modular os sinais elétricos da RAM, o malware envia dados que podem ser decodificados em informações como texto, ficheiros, ou imagens.
Embora a velocidade de transmissão do RAMBO seja relativamente baixa - cerca de 1.000 bits por segundo - é suficiente para roubar coisas como palavras-passe ou chaves criptográficas. O alcance máximo para transmissões rápidas é de cerca de 1 metro, mas transmissões mais lentas, com quase nenhum erro, podem funcionar até 7 metros. O ataque é particularmente eficaz para registo de teclas em tempo real ou para roubo rápido de pequenos ficheiros.

Para combater ataques que usem este sistema de transmissão de dados, os investigadores sugerem medidas como: o reforço da segurança física (impedindo que um atacante se possa aproximar do sistema), utilização de interferência eletromagnética, ou isolamento dos sistemas em gaiolas de Faraday para bloquear todas as tentativas de emissões. Estes mesmos investigadores já tinha, no passado, demonstrado sistemas de roubo de dados de sistemas isolados usando coisas como as emissões dos cabos SATA, das fontes de alimentação, ou usando os LEDs de placas de rede, teclados ou outros dispositivos.

Porque temos electricidade trifásica?

07-09-2024 | 17:30 | Aberto até de Madrugada

Se já se interrogaram porque temos distribuição de electricidade monofásica e trifásica, mas não quadrifásica ou mais, eis a resposta.

Quando se passa do mundo da corrente contínua (DC) para a corrente alternada (AC), passamos a ter um conjunto de curiosidades associadas. Uma delas é o facto do seu comportamento oscilante nos dar a energia em ondas, o que faz com que a entrega da potência não seja linear, e daí se usarem múltiplas fases que podem assegurar uma entrega de potência mais constante. O uso de três fases acaba por resultar num compromisso entre a entrega dessa potência de uma forma que pode proporcionar esse objectivo, usando a menor complexidade possível - já que o recurso a ainda mais fases (4, 5, etc.) não traria benefícios suficientes face ao custo acrescido de tudo o que isso implicaria.

Como bónus, até ficamos a saber porque motivo se usam ligações em "estrela" e "triângulo" nas ligações trifásicas, assim como as vantagens e desvantagens de cada uma delas.


A sobrinha perdida (em Istambul?)

07-09-2024 | 16:01 | Gonçalo Sá

Pela estrada fora, entre a Geórgia e a Turquia, uma mulher procura a sobrinha trans num filme que cruza territórios geográficos e emocionais. "CROSSING - A TRAVESSIA", drama de itinerário incerto mas sempre envolvente, é mais um triunfo no caminho auspicioso de Levan Akin.

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Há cinco anos, Levan Akin sobressaiu como uma das vozes mais sonantes de um país do qual ouvimos muito poucas, pelo menos no que diz respeito ao cinema: a Geórgia. Embora sueco, o realizador nascido em Estocolmo há 44 anos tem ascendência da nação em tempos ocupada pela Rússia e a sua realidade não lhe é estranha. Ficou, aliás, documentada na sua terceira longa-metragem, "And Then We Danced" (2019), a tal que cativou olhares fora de portas (até foi o indicado sueco ao Óscar de Melhor Filme Estrangeiro) e teve passagem por Portugal no Queer Lisboa.

Desde então, Akin trabalhou no pequeno ecrã (incluindo na aconselhável série "Interview with the Vampire, exibida por cá no AMC) e regressou este ano ao cinema com um drama que também volta a partir da Geórgia mas tem em vista a Turquia. "CROSSING - A TRAVESSIA", vencedor de um Teddy Award na mais recente edição do Festival de Berlim e que já tinha passado por salas nacionais no IndieLisboa, em Maio, volta a colocar a identidade no centro de um relato realista e compassivo, ancorado em personagens nas quais não é difícil acreditar logo nas primeiras cenas.

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Numa história marcada por vários cruzamentos (de classe, género, orientação sexual ou geografia), um dos iniciais é o que aproxima uma professora reformada de um adolescente que parte com ela rumo a Istambul na tentativa de encontrar sua sobrinha, uma jovem trans rejeitada pela família.

De temperamentos contrastantes - a protagonista é altiva e desconfiada, o rapaz ingénuo e desbocado -, esta dupla improvável traça uma jornada que, não sendo especialmente surpreendente (a lógica que a molda tem ecos de um buddy movie), volta a dar provas da sensibilidade da escrita de Akin (foi o único argumentista do filme), hábil a dosear gravidade e humor, e das suas capacidades como director de actores.

A veterana (ainda que infelizmente pouco vista) Mzia Arabuli e o estreante Lucas Kankava são óptimos a moldar uma cumplicidade crescente, mas nunca dada como garantida, e Deniz Dumanli abre outros horizontes temáticos e narrativos com convicção na pele de uma mulher trans recém-formada em Direito que apoia um centro comunitário LGBTQIA+ turco.

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À medida que a relativa familiaridade do trajecto do duo on the road se cruza com um quotidiano pouco turístico de Istambul, "CROSSING - A TRAVESSIA" vai conferindo singularidade ao seu retrato dos marginalizados, apontando a câmara aos que lidam com a  pobreza, a solidão e a intolerância (homo e transfobia) sem escorregar para a condescendência e o miserabilismo.

Apesar de Akin apontar influências do neorrealismo italiano, há esperança nesta incursão turca, mesmo que não necessariamente um final feliz. Sobretudo quando há espaço para a libertação dos corpos nas noites longas de Istambul, que tanto oferecem melancolia como hipóteses de hedonismo ao virar da esquina. A dança não é tão dominante como no filme anterior, mas ainda é reveladora de facetas menos óbvias de algumas personagens. E o bailado emocional nem precisa de fazer uma pirueta no fim, como "And Then We Danced", para garantir uma das estreias mais bonitas e comoventes da temporada.

3,5/5

A engenharia dos segmentos dos pistões

07-09-2024 | 15:30 | Aberto até de Madrugada

Os motores a combustão escondem inúmeras maravilhas da engenharia, até em coisas aparentemente são simples quanto os segmentos dos pistões.

Apesar de se estar em processo de transição para os imensamente mais simples automóveis com motores eléctricos, os motores a combustão continuam a ser incrivelmente fascinantes para todos os que gostam de mecânica. Embora o princípio de funcionamento dos motores a combustão, com os seus cilindros e pistões, seja de fácil compreensão, existem inúmeros detalhes que resultam de décadas de evolução e que escondem uma imensa quantidade de engenharia por trás de peças aparentemente simples.

É esse o caso dos segmentos dos pistões, que têm como missão criar o melhor isolamento possível dos pistões enquanto estes se movem nos cilindros, mantendo um equilíbrio crucial entre isolamento, lubrificação, e também gestão térmica. No vídeo que se segue podemos ver como estes visualmente simples "aros" são, na verdade, bastante mais complexos do que se poderia imaginar.


Curiosidades sobre os aviões

07-09-2024 | 13:30 | Aberto até de Madrugada

Os aviões fazem parte das coisas "banais" da nossa civilização, mas existem inúmeros pormenores curiosos que podem interessar aos passageiros: da abertura das portas ao "modo avião" nos smartphones.

Se já se interrogaram porque motivo os aviões voam a alta altitude, porque mantêm uma pressão atmosférica inferior à do solo, porque insistem em que se coloque os smartphones em "modo de avião", e outras coisas, é precisamente isso que é abordado no seguinte vídeo do canal Veristasium.

Em versão ultra-resumida, há muitas coisas que têm a ver com a pressão do ar, quer do lado de fora do avião como no seu interior: a pressão reduzida a altas-altitudes permite voar mais rápido e gastar menos combustível, a pressurização da cabine é feita de modo a permitir que os passageiros respirem mas minimizando o desgaste na estrutura do avião, a porta não precisa de "trancas" porque à altitude de cruzeiro o diferencial de pressão impede que a porta seja aberta manualmente; e que o modo de avião foi implementado, não tanto para proteger o avião em si, mas pelo receio de que centenas de telemóveis a bordo pudessem sobrecarregar a infraestrutura das comunicações móveis no solo.


Thread 1.4 melhora Matter

07-09-2024 | 12:17 | A Minha Alegre Casinha

A especificação Thread 1.4 foi lançada, trazendo melhorias que visam resolver os principais problemas enfrentados pelo protocolo de casas inteligentes desde o lançamento do Matter.

A melhoria mais significativa do Thread 1.4 é a maior interoperabilidade entre routers Thread, permitindo uma comunicação mais fluida entre dispositivos de diferentes fabricantes. O Thread 1.4 também melhora a conectividade ao integrar Wi-Fi e Ethernet, facilita a detecção e resolução de problemas na rede e permite que os fabricantes liguem dispositivos diretamente à internet.

Outra das alterações é a partilha de credenciais, que resolve o problema de dispositivos de diferentes ecossistemas não se inteligarem correctamente. Com o 1.4, os dispositivos Thread poderão juntar-se a qualquer rede existente sem problemas de compatibilidade, facilitando a configuração para os utilizadores. Além disso, a nova especificação garante que os routers tenham um caminho padrão definido para a internet, oferecendo conectividade cloud para os dispositivos, com a capacidade de os utilizadores desactivarem essa funcionalidade, se preferirem um sistema local.

Por fim, o Thread 1.4 melhora a transparência da rede, permitindo que os dispositivos relatem mais informações sobre o seu estado e configuração. Isto permitirá criar melhores ferramentas de diagnóstico nas apps para detecção de problemas. A expectativa é que estas actualizações ajudem o Thread a alcançar o seu potencial em conjunto com o Matter para as casas inteligentes.

Estas mudanças foram inicialmente anunciadas na CES deste ano, e o Thread Group lançou agora a especificação 1.4 juntamente com um programa de certificação. No entanto, embora os fabricantes possam começar a implementar estas actualizações, é provável que os consumidores só comecem a ver produtos com esta versão no início de 2025.

BMW lança carros a hidrogénio em 2028

07-09-2024 | 11:00 | Aberto até de Madrugada

A BMW continua a insistir nos automóveis a hidrogénio e diz que os irá lançar no mercado em 2028.

A BMW anunciou que começará a vender veículos a hidrogénio em 2028, juntamente com os seus actuais carros eléctricos, a gasolina e a diesel. Em parceria com a Toyota (que tem sido uma grande "insistente" no hidrogénio), a BMW está a desenvolver uma nova geração de células de combustível que visam reduzir os custos em 50% e melhorar a eficiência em 20%. A empresa refere que a tecnologia de hidrogénio deverá complementar os veículos eléctricos, e não substituí-los.

A marca germânica reconhece que os veículos eléctricos com bateria são mais eficientes que os automóveis com fuel cell, tendo em consideração todos os gastos adicionais da criação do hidrogénio e de toda a sua infraestrutura de transporte (em tudo idêntica à dos combustíveis fósseis: produção, distribuição, postos de abastecimento, etc.) mas considera que tudo isso se justifica face à vantagem que oferecem a nível de redução do tempo de reabastecimento face ao tempo de carregamento dos eléctricos com baterias.

A questão é que, ao contrário do que a Toyota tem tentado "vender", os automóveis a hidrogénio dificilmente fazem sentido para veículos privados, sofrendo de coisas que raramente as marcas gostam de destacar, como a "dissipação" do hidrogénio, que pode esvaziar o tanque de combustível em pouco mais de uma semana, ou da própria longevidade das células de combustível (que pode ser de 5 a 10 mil horas). No entanto, podem ser uma opção interessante para casos específicos, como transportes públicos e camiões, em que temos veículos que são usados continuamente e onde o objectivo é que passem o mínimo de tempo parados, e que têm volume suficiente para acondicionar os volumosos tanques para o hidrogénio.

Cápsula Starliner regressa à Terra - sem astronautas

07-09-2024 | 10:00 | Aberto até de Madrugada

A famigerada cápsula Boeing Starliner que levou astronautas até à ISS, regressou à Terra, sem os astronautas.

A cápsula Starliner da Boeing aterrou com sucesso no deserto do Novo México, após ter ficado "encravada" na ISS durante vários meses. Embora o módulo tenha aterrado em segurança, a tripulação de dois astronautas permanece a bordo da Estação Espacial Internacional. Originalmente, os astronautas da NASA Butch Wilmore e Suni Williams deveriam regressar na Starliner, mas a NASA adiou o regresso devido a preocupações com o sistema de propulsão da nave.

Apesar das preocupações, a Starliner conseguiu afastar-se da porta de acoplagem da ISS antes de acionar os seus propulsores para a reentrada na atmosfera e posterior aterragem, assistida por paraquedas e airbags. Os astronautas Wilmore e Williams só regressarão à Terra em 2025, numa cápsula Crew Dragon da rival SpaceX.

The #Starliner spacecraft is back on Earth.

At 12:01am ET Sept. 7, @BoeingSpace’s uncrewed Starliner spacecraft landed in White Sands Space Harbor, New Mexico. pic.twitter.com/vTYvgPONVc

— NASA Commercial Crew (@Commercial_Crew) September 7, 2024
O voo de teste enfrentou vários problemas técnicos, incluindo falhas nos propulsores e fugas de hélio. Embora os problemas tenham sido geridos, a NASA considerou arriscado trazer os astronautas de volta na Starliner. Ainda assim, a nave conseguiu cumprir a maior parte dos seus objectivos, marcando um passo importante no seu desenvolvimento.

Embora a NASA diga que continua comprometida com o programa Starliner, que decorre há cerca de uma década, os problemas deste lançamento têm gerado bastantes dúvidas quanto à sua continuidade. Por agora a NASA diz que irá cumprir com o que foi acordado, usando a Starliner para três missões, mas deixando um futuro incerto para missões posteriores.

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